quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Caminho pelas letras


Dois anos haviam se passado desde aquela tarde que tínhamos nos encontrado. Parecia que nunca mais nos veríamos novamente, mas estávamos errados. Foi numa tarde de inverno que tudo aconteceu. Enquanto as folhas caiam das árvores, eu andava distraída por um lado da praça, foi assim que eu o vi novamente.

Estava com uma calça jeans com um moletom azul marinho e o cabelo meio bagunçado do jeito que eu mais gostava. Fiquei sem jeito de ir ao encontro daquele que um dia eu já amara mais que tudo. Talvez fosse medo, não sei ao certo. Tentando fugir daquele encontro com o acaso, dobrei a primeira esquina depressa.

Mas a minha rapidez não foi o suficiente, ele havia me visto. E o melhor (ou pior) de tudo, tinha corrido atrás de mim. Confesso que não tava preparada ainda para um encontro desse, as magoas ainda estavam presentes no meu dia-a-dia. Mas ele parecia não entender bem isso e veio logo conversar comigo num passo apressado.

– Oi Lí, ainda lembra de mim?

– Lembro sim, e não me chama de Lí. Só os mais íntimos me chamam assim, e você deixou de ser no dia que você foi embora sem deixar nenhuma explicação. Você não devia ter vindo atrás de mim, era pra simplesmente ter me deixado continuar. Você sumiu, lembra? Eu te esperei por meses, alias, por exatos dois anos. – Com lágrimas nos olhos eu continuava a falar – O que você veio fazer aqui? Porque apareceu de repente de novo? Quer acabar com a minha vida mais uma vez?

Meio sem jeito, e sem saber o que responder depois de tantas acusações verdadeiras, ele resolveu só pedir desculpas e ir embora. Aquela tarde tinha sido bem movimentada, eu ainda não entendera o que realmente tinha acontecido, só que mais cedo ou mais tarde as respostas iriam aparecer.


Continua.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Deu saudade, só isso


De repente bateu uma saudade forte, uma vontade de te abraçar e lembrar que o meu lugar é ali nos teus braços (me sinto segura ali). E também que o meu abraço foi feito sob medida pra você, só pra você. Senti falta do jeito como você me olha e sorri depois que percebe que eu fiquei toda alegre. Sinto falta todos os dias do teu beijo, da forma como toca meus cabelos, de como segura a minha mão. To com saudade dos sussurros no pé do ouvido, das frases ditas, das musicas cantadas, das risadas dadas. Senti falta até do jeito como você briga comigo. Mas não se preocupe Meu Amor, não foi nada. Deu saudade, só isso. Uma saudade enorme de dizer o quanto eu te amo. ♥

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Sobre a pessoa que escreve

Recebi esse desafio da Juliana Bastos, do blog O que um coração sente e os olhos relatam, as mãos escrevem. Espero que gostem de saber algumas coisinhas de mim. (:

PERFIL
Nome: Amanda Menezes
Idade: 18 anos
Aniversário: 16/03
Emprego: ainda não tenho
Estado Civil: Namorando
Onde vive (casa ou apartamento): Casa
Irmãos: filha única
Animais: Robinho, o labrador preto mais lindo de todos
Fuma: Odeio
Bebe: Socialmente


APARÊNCIA
Piercings: Não
Tatuagens: Não
Aparelho nos dentes: Não
Roupas: Depende do humor e da pressa
Cor dos olhos: castanho claro
Cor do Cabelo: castanho claro

FAVORITOS
Cor: Rosa
Número: 7
Animal: Cachorro
Flor: Rosa
Comida: massa
Sabor de Sorvete: Sonho de Valsa
Doce: Pudim de Leite e Nega Maluca
Bebida Alcoólica: Vodka
Tipo de música: Prefiro Pagode, mas escuto de tudo
Banda/artista: Exaltasamba/Linkin Park
Música: Nuvens de Algodão/Numb
Livro: Querido John e O garoto da casa ao lado
Filme: Diário de uma paixão
Programa de TV: Quinta Categoria
Melhor amigo: Rosa Araújo
Dia da Semana: Quinta-feira
Esporte: Vôlei


VIDA AMOROSA
Nome da Pessoa Amada: Wilton Ramos
Estão juntos há quanto tempo: 3 meses
E de casados, há quanto tempo: -
Local em que se conheceram: Em um passeio com os amigos da Dança.
Foi amor à primeira vista? Não sei direito, talvez à primeira vista não.
Quem deu o primeiro passo? Ele
Já te deu flores: Ainda não.
A coisa mais doce que ele te deu: Uma caixa de sonho de valsa *--*
Um sonho de vocês dois: Ir morar no Rio depois que eu me formar.
Uma curiosidade do casal:
Quem tem mais ciúme? Depende. As vezes eu, as vezes ele.
Ele se dá bem com a sua família? Sim.
E você com a dele? Sim.

OUTROS
Sabe dirigir? Ainda não.
Tem carro/ moto? Não.
Fala outra língua? Mais ou menos.
Coleciona algo? Miniatura de carrinhos
Fala sozinha? Lógico.
Se arrepende de alguma coisa? As vezes penso nisso e acredito que sim, mas nem sempre levo como arrependimento. Os erros nos ensinam, não é?
Religião: Acredito em Deus
Confia nas pessoas facilmente? Sim (grande defeito meu)
Perdoa facilmente: Depende do motivo que fez elas me magoarem.
Se dá bem com os teus pais? Sim.
Desejo antes de morrer: Dar uma volta ao mundo.
Maior medo: Solidão.
Maior fraqueza: Meus sentimentos.
Toca algum instrumento? Já tentei.

ALGUMA VEZ...
Escreveu alguma poesia? Sim.
Cantou em público? Já sim.
Fez alguma performance em palco? Sim, teatro da escola.
Andou de Patins? Sim.
Teve alguma experiência que quase morreu? Sim.
Sorriu sem razão? Sempre faço isso.
Riu tanto que chorou? Sempre isso acontece.
Como você está se sentindo hoje: Tô com saudade do meu namorado.
O que te faz feliz: Várias coisas.
Com que roupa está agora? Shortinho e top.
Cabelo: Indefinido, meio liso meio cacheado.
Brincos? Prefiro os grandes.
Algo que você faça muito: Ler, escrever e dançar.
Conhece alguém que faça aniversário no mesmo dia que você? Sim, um amigo do colégio.
Está confortável com o teu peso: As vezes me irrito com ele.

ACABE A FRASE:
Gostaria de ser... mais dedicada aos estudos.
Eu desejo... um mundo melhor pra se viver.
Muitas pessoas não sabem... mas a única coisa que levamos são as lembranças e os ensinamentos.
Eu sou... uma garota muito confusa, complicada e difícil de se entender.
O meu coração é... burro, mas as vezes ele faz a coisa certa.

REPASSAR PARA CINCO BLOGS:

Larissa do Blog Let it Be

Nicole F. do Blog A moça do sonho

Rodolpho Padovani do Blog A arte de um sorriso


Willian Bincoleto Wenzel do Blog In.diferente


Adriana Amaro do Blog Pra nós, todo amor do mundo

Carta para o Coração




Sistema Digestivo, 18 de janeiro de 2011.

Querido e frágil Coração,

Tento entendê-lo, mas não consigo. Tento ser forte assim como na maioria dos casos você é, mas tudo o que eu faço é em vão. Sei que nem sempre a culpa é sua, acredito que a culpa toda seja do Cérebro, esse estúpido que nunca ouve o que nós todos falamos. Sempre se achou o mais inteligente de todos, mas no final não era nada disso.

Outro culpado é o Sr. Esôfago. Entendo que ele tem a função de levar os alimentos até o primo dele, o Estômago, mas ele não precisa fazer com quem alguns alimentos se tornem preferidos só porque foi certa pessoa que nos deu de presente. A culpa não é sua, Coração, de sentir algo diferente por estar comendo um chocolate que nos foi dado.

Também não precisa se culpar pelas sensações estranhas que nós sentimos algumas vezes. O verdadeiro culpado disso é o Fígado, o mais frágil e bobo-apaixonado órgão. Sempre que sentimos desejo por alguém ou quando esse alguém vai embora e queremos nos “matar”, a culpa é do armazenamento de hormônio que ele faz.

Bom, só vim te falar mesmo o quanto eu admiro você. Mesmo depois de tantas e tantas desavenças você continua sempre ai, firme e forte (não tão forte assim, claro). Mas de qualquer forma torço para que sempre haja alguma maneira de se reerguer, como aconteceu agora. E não se culpe por bobagens feitas, somos apenas simples peças desse enorme quebra-cabeça que se chama ‘corpo humano’.

Do seu amigo distante,

Pâncreas.

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Não sei direito se gostei dessa carta, mas enfim, podem ter a liberdade de dizer se não gostarem. Quanto ao texto anterior ainda não sei se farei uma continuação, mas é bem provável que não. Gosto quando deixo o final assim, para cada um decidir o que acontecerá.

1° lugar no Bloínquês, com a nota 10 *---* Fiquei tão feliz quando vi isso.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Daqui até a eternidade?

Já era quase de noitinha quando tudo aconteceu. Estávamos sentados no mesmo lugar de todos as noites. Tudo parecia normal, nada de diferente tinha acontecido até aquele momento. Ele parou na minha frente, abaixado, e pegou em minhas mãos.

Você confia em mim?

Lógico que confio, porque essa pergunta?

Precisava saber disso antes de te pedir uma coisa. – Com uma expressão meio confusa olho pra ele tentando entender do que se trata. – É, eu tenho um pedido pra te fazer, mas não pode ser aqui. Vamos comigo, quero te mostrar uma coisa.

Levante apressada e acompanhei-o. Quanto mais andávamos, mais ansiosa eu ficava. Queria entender ao certo do que se tratava, perguntas e pedidos vinham a minha cabeça mas nenhum deles pareciam certos. Comecei a ficar preocupada achando que alguma coisa havia acontecido, mas tudo logo passou.

Estavamos chegando à praia. E bom, não era só a mesma praia de sempre que freqüentávamos, era uma espécie de quarto a beira-mar. Tudo tava tão perfeito. (Era como se tudo o que eu havia sonhado para a nossa ultima noite juntos ali. Eu sabia que seria a ultima noite, estava prestes a me mudar, mas não tive coragem de contar). Ali tinham velas pelo chão iluminando o caminho até chegar à cama. A paisagem estava perfeita, o dia já estava indo embora e a noite mergulhava entre o sol, como se fosse uma bricadeira.

As cores do céu estavam mudando conforme nós dois íamos nos tocando. Ele me levou no colo e me deitou com cuidado em cima dos lençóis. Eu o olhava e não acreditava que tudo aquilo tava acontecendo de verdade, tocava seus cabelos enquanto ele beijava meu pescoço... E ali nós passamos a noite toda. Era como se nada mais existisse, éramos só eu e ele – como num sonho. As águas do mar cantavam e dançavam num ritmo perfeito.

– Eu te amo e quero saber se você quer viver comigo até, assim, a eternidade? – Ele olhou pra mim e as palavras saíram depressa de sua boca, como se tivesse medo de pronunciá-las. – Sei que eu não tenho muita coisa pra te oferecer, mas o que eu sinto é mais importante que tudo.

Tudo passou como um filme na minha cabeça logo que eu o olhei. Não sabia direito o que fazer afinal algumas horas depois eu estaria dentro de um avião indo pra bem longe dali. Mas ao olhar aqueles olhos azuis sorrindo pra mim, tudo mudou. Eu estava apaixonada e nada do que eu fizesse ia mudar isso, resolvi então tomar uma decisão.


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Para o Bloínquês, fiquei com o segundo lugar :)

Obrigada a todos os que leram.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Sobre amor, desejos e medos

Nunca entendi direito o porquê de sentirmos todas essas coisas quando estamos gostando de alguém. Sempre achei que fosse bobagem ou talvez exagero, mas confesso que sou a pior de todas. Tive medo de gostar de alguém, de me entregar completamente a esse amor e depois sofrer. E sofri. Tive medo de ficar bem de novo, entender mais uma vez como é ser feliz comigo mesma e gostar de outro alguém. Sofri de novo. Depois de muitas e muitas vezes que essa mesma “rotina” aconteceu resolvi parar de ter medo. Muita coisa não mudou depois isso. Sofri de novo no final da história. Agora, não penso mais em como vai ser o final. Desejo que não tenha isso dessa vez. Tudo o que eu quero agora é viver o nosso presente, aproveitar todos os nossos momentos juntos.

Já amei antes e achei que nunca mais fosse amar novamente. Já chamei alguém de amor da minha vida, e jurei pra mim mesma que nunca mais ninguém ocuparia esse posto. Prometi pra Deus e o mundo que jamais sonharia com príncipes encantados e finais felizes...

Conheci novas pessoas, passei a desejar novas coisas, encontrei um novo amor. Alguém que eu pudesse chamar assim, pelo menos. Alguém que me faz feliz, que me dá carinho, que me trata de um jeito muito especial. Encontrei uma pessoa que de um jeito simples me cativou, com um simples olhar, um sorriso e um abraço. E me apaixonei por esse alguém. Me encantei por esse jeito brincalhão de ser e pelo jeito de cuidar de mim. Até mesmo pela maneira de me brigar. E sinto falta quando ele não ta aqui comigo. Sinto falta do cheiro dele, do beijo dele, de tudo.

Não quero pensar de novo que o amor é algo passageiro, que acontece de momento em momento e que quando percebe o quanto estamos felizes vai embora. Quero conhecer aquele amor que dura uma vida inteira, ou pelo menos décadas e mais décadas. Quero viver um amor desse tipo. Sem medo de como ficarei quando tudo acabar. Quero casar e ter filhos, construir uma família. Quero ser feliz ao lado de alguém que mereça todo esse amor que eu tenho pra dar. E quero receber de volta, na mesma proporção...

- É assim que funciona o amor pra mim, uma simples troca. Espero que seja assim pra você também, porque eu desejo ficar contigo pro resto da minha vida.